Além das linhas das regiões da concentração da história do café no Brasil[1], desde 2004, buscamos relatar e narrar a história da representação informacional do café na região de Ribeirão Preto, relacionando-a com a História Brasileira, a partir da República Nova. Atualmente, precisamente desde 2013, focamos o estudo nos documentos de registros do café, livros, cartas, fotografias, mapas e cadernetas de fazendas e famílias cafeicultoras como objeto da pesquisa. A experiência observou e manejou (produziu tratamentos da preservação e digitalização); destacou o documento no ponto de vista da materialidade ao tentar recuperá-lo da maneira, métodos tradicionais e implementou técnicas científicas da higienização preventiva, métodos para organizar e propor política de indexação para acesso como digitalização. Também, ainda no âmbito regional brasileiro, o projeto experimentou levantar (selecionar e reproduzir em anotações ou em processo digital) documentos em arquivos, museus e bibliotecas com um dispositivo transformador do setor agrário (café), representando-o na trajetória histórica, política e simbólica, no âmbito regional, em museus, arquivos e centros de documentação.
A análise do conceito operatório e adotado – a informação-café na dimensão virtual – expressão conceitual que objetiva construir uma narrativa, que considerou as bases metodológicas da Ciência da Informação, questionou a informação estruturada em arquivos selecionados (Torre do Tombo ou Arquivo Nacional de Portugal; Arquivo Municipal do Porto; Museu Nacional da Emigração de Roma; Arquivo Otomano em Istambul e Arquivo do Estado de São Paulo e do Museu da Imigração em São Paulo) para o acesso da Informação-Café. As bases teóricas das Ciências Sociais são fundamentadas aqui como escopo teórico e identificar a taxionomia do café, presente na estrutura social, e na estrutura linguística do português, da língua italiana, da língua turca com raízes no árabe para potencializa informação café na construção de categorias que possam constituir estudos na trajetória cultural acompanhada pelo Café.
Os acervos arquivísticos e ocidentais recebem origens da organização em
repositórios próprios, tecnológicos e exploram de maneira satisfatória,
geralmente enfrentando dificuldades econômicas ou políticas, e no gerenciamento
dos acervos. A arquivística tradicional ocupa o lugar dos Arquivos dos
Estados-Nação, republicanos ou não, porém, os princípios de acesso público ao
documento nem sempre são facilitados pelas políticas institucionais locais. Os
fundos tradicionais são condicionados, obviamente, na classificação e
disponibilização documental quando as propriedades da organicidade (sistemas)
são baseadas nos procedimentos técnicos, seletivos e autorizados nas políticas
internas das referidas instituições.
Neste sentido objetivamos na pesquisa desenvolvida na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, as questões voltadas para o destaque do estudo
da informação.
[1] Sérgio Buarque de Holanda